A extradição de Julian Assange, fundador do Wikileaks, para os Estados Unidos, foi aprovada esta sexta-feira pelo ministério do Interior de Inglaterra, segundo anunciou a ministra Priti Patel.
Assange tem 14 dias para recorrer e assim e evitar seguir viagem para os EUA, onde é acusado de espionagem.
A posição segue uma decisão do Supremo Tribunal conhecida em abril, de que a extradição poderia avançar. «Os tribunais não consideraram que a decisão fosse opressiva, injusta ou abusiva para com o senhor Assange», diz o ministério, que refere que o seu direito a um julgamento justo será observado.
Os Estado Unidos pediram a extradição de modo a que seja julgado por 17 acusações de espionagem devido à publicação, no Wikileaks, de vários documentos classificados, há cerca de 10 anos. A acusação refere que Assange ajudou a analista do Exército Chelsea Manning a roubar documentos secretos para publicação.
Assange está preso desde que, em 2019, perdeu o estatuto de refugiado na embaixada do Equador em Londres, onde esteve durante 7 anos para evitar extradição para a Suécia, onde era procurado por alegado abuso sexual.