Motores Necessidade de quarentena avoluma ausências no GP Macau
O piloto norte-irlandês de motociclismo Lee Johnson, de 33 anos, anunciou esta terça-feira que irá estar ausente do Grande Prémio de Macau, tradicional prova de automobilismo do sudeste asiático, que irá disputar-se de novo no território sob administração da China - esteve sob administração de Portugal até 1999 - de quinta-feira a sábado, dias 17 a 19 do corrente mês, que será mais um ausente do evento.
A necessidade, ditada pelas autoridades sanitárias chinesas, de viajar bem mais cedo para a prova no circuito da Guia, por exigirem a todos os pilotos – quer de motos, quer de automóveis - terem de cumprir uma semana de quarentena, está a originar sangria de inscritos na tradicional prova.
A prova de motos em que Lee Johnson - natural da Ilha de Man, mas de nacionalidade norte-irlandesa -, iria participar, conta, a pouco mais de 48 horas da partida, com uma lista oficial de apenas 15 inscritos… e nenhum deles vencedor em edições anteriores.
«Não é exequível estar longe de casa tantos dias e tanto tempo», foi a justificação apresentada por Lee à BBC para justificar a ausência no evento, que regressa após três anos de ausência: a pandemia do covid-19 impossibilitou a sua realização em 2020 e 2021.
Um habitual no circuito da Guia, Johnson, piloto da equipa Ashcourt Racing, terminou em quinto lugar em 2014 e 2019 nas ‘SuperSport’, nos 6,2 quilómetros do exigente e técnico circuito macaense, onde uma multidão de adeptos dos desportos motorizados acorre sempre para vitoriar pilotos, motos e bólides.
Em quatro rodas – Fórmula 3, Turismo, GT -, as primeiras edições do GP Macau remontam a 1957, enquanto em duas rodas a primeira edição anual do evento data de 1967: mais de 300 pilotos e máquinas participam, por tradição, na prova, conhecida por ser uma festa única não só das duas, mas também das quatro rodas do automobilismo e motociclismo mundiais.