Râguebi Portugal aponta à conquista do Europe Championship
Portugal e Geórgia disputam domingo, a partir das 19 horas, em Badajoz, Espanha, a Grande Final do Rugby Europe Championship 2023 (REC), na estreia do novo formato da principal competição europeia de seleções - o Torneio das Seis Nações é uma prova fechada -, alargado a oito equipas, num formato com fase de grupos, meias-finais e final. Os lobos procuram o segundo troféu na prova, após triunfo em 2004, e interromper o domínio dos países de Leste, da Roménia, com cinco títulos, e dos próximos rivais, os georgianos, com 14.
Ao olhar para a todo-poderosa seleção georgiana (12.º do ranking mundial), pentacampeã do REC, vencedora de 11 das últimas 12 edições e imbatíveis nos últimos 26 jogos nesta competição (derrota em 2017, frente à Roménia), além de ostentar 14 títulos na antiga Seis Nações B, Patrice Lagisquet, selecionador de Portugal (16.º do ranking), reconhece o valor do adversário, sem derrotismos. «É uma competição, e quando jogamos uma competição, jogamos para ganhar. Ganhámos a este nível a Espanha [27-10, nas meias-finais] e à Roménia [38-20, na fase de grupos]. Agora, é a final», sublinha o treinador a A BOLA.
«É muito difícil, mas talvez tenhamos hipótese. Sabemos que iremos jogar contra a melhor equipa deles, mas poderemos competir. Teremos de jogar o nosso melhor nível», reforça o responsável máximo dos lobos, que desvaloriza as ausências lusas. Além dos lesionados Sousa Guedes e Raffaele Storti, Antony Alves e Samuel Marques não obtiveram autorizações.
A sete meses do Mundial de França 2023, a final europeia é um teste ao XV nacional. «É importante não só por causa do Mundial, mas também para mostrar que estamos cada vez melhores», diz Lagisquet. «Era suposto termos um jogo contra os All Blacks XV, seleção B da Nova Zelândia, mas foi cancelado e agora procuramos um opositor forte. Jogaremos contra Samoa duas semanas antes do País de Gales [jogo inaugural] e os EUA, em agosto», informa o selecionador.