Lenda do ténis propõe mudanças radicais, incluindo o fim da pontuação 15-30-40
Billie Jean King quer simplificar a forma de pontuação, que os atletas usem camisolas personalizadas com número e nome e ainda que deixe de haver cinco sets nos grandes torneios masculinos
Billie Jean King, antiga número 1 do ténis feminino, recorreu às redes sociais para fazer três propostas revolucionárias no desporto, lançando um vídeo a explicar as suas sugestões. Elas consistem em alterar a pontuação (15-30-40), terminar com os cinco setes nos grandes torneios masculinos e também dar camisolas personalizadas com número e nome aos atletas, até como acontece nos outros desportos.
Relativamente ao primeiro, a norte-americana acredita que os jovens não entendem a forma de pontuação e que, por isso, quer simplificar a situação… para 1, 2, 3 e 4. «Penso que os novos adeptos que entram no desporto, sobretudo os mais jovens, não compreendem bem o que significa 15-40 ou 30-15. O que eu faria seria marcar a pontuação de uma forma mais simples: 1, 2, 3 e 4. Depois, não interessa o que é preciso fazer para ganhar o jogo com um possível 2-2, se é preciso ou não uma diferença de dois, o que é claro para mim é que eu punha de lado o 30-30 e todos os nomes que se chamam assim para sempre», explicou.
O segundo baseia-se em aproximar ainda mais o ténis masculino do feminino, porque as mulheres jogam apenas três sets em grandes torneios, ao contrário dos homens que chegam aos cinco. O objetivo é haver igualdade e fazer com que ambos ganhem o mesmo e que não dependam da receita televisiva: «Todos deviam jogar à melhor de três sets, para que todos pudéssemos lutar pela mesma quantia de dinheiro, tanto homens como mulheres. Aqui, o que é pago é o conteúdo nos media, pelo que as mulheres podem perder, porque o seu conteúdo é muito mais curto, porque não jogam em cinco sets.»
Por fim, o conceito de camisolas personalizadas com número e nome é para tentar aproximar o ténis dos outros desportos, onde isso acontece, ou seja, criar uma marca pessoal, ganhar mais dinheiro com merchandising e também criar uma ligação entre o atleta e os adeptos. «Cada jogador deve ter o seu nome e um número na camisola. Porquê? Porque, neste momento, temos de promover os nossos jogadores como se faz noutros desportos. Vejam como se faz no basquetebol, no futebol ou no basebol. Todos eles usam o seu nome e número», finalizou, a ex-tenista de 80 anos.