Benfica de Champions vence PAOK
Vitória sobre o PAOK em noite de ressureição. Ivan Almeida e Terrell Carter marcaram 54 dos 94 pontos da equipa. Parcial de 13-3 (81-63) no 3.º período acabou com a partida
Lembram-se do Benfica que perdeu duas vezes em casa no espaço de 48 horas contra a Oliveirense – para a Taça do Hugo dos Santos e Liga Betclic – e há semana e meia na Dragão Arena ante o FC Porto para o campeonato? Equipa sem alma, quase sem sistema, incapaz de anular desvantagens ou ter capacidade superar problemas que lhe surgiam. Esqueçam! Ela transformou-se e surgiu como um gigante de Champions.
Numa sensacional partida em que apenas no 2.º quarto permitiu que o adversário assumisse o comando - no arranque do período (17-20 até 23-25) e ao intervalo (40-41) -, no seu jogo de estreia para a Liga dos Campeões 2023/24, mas a contar para a 2.ª jornada do Grupo G, as águias bateram o perigoso PAOK por 94-72.
Tudo começou na defesa sufocante e desconcertante, campo inteiro, com que os bicampeões nacionais surpreenderam os gregos e de imediato deu a vantagem de 7-0. A após 4.30m, quando Elvar Fridriksson (16 pts, 4 res, 6 ass) finalmente marcou o primeiro cesto de campo do de Tessalónica ainda havia 9-5.
«Era decisivo começar intenso a defender, porque se no ataque muitas vezes as coisas não nos têm corrido tão bem em termos de percentagens, já defender depende muito de nós. Do trabalho coletivo. E equipa ganhou confiança a partir daí», explicou o treinador Norberto Alves.
E como! Mas, após o período de total desnorte com turnovers e má opções de lançamento, ainda antes do fim do período Fridriksson e Vangelis Margaritis (11) trouxeram o PAOK à superfície e à discussão do resultado num 2.º quarto em que apenas permitiram que anfitriões comandassem pelo máximo de 6 (34-28), mas já indo para o balneário a perder por um.
Foi então que, no regresso, Ivan Almeida (2 res, 3 ass), quem diria que estava em dúvida para o embate - tal como Aaron Broussard (5 pts, 5 res, 2 ass) -, juntamente com Terrell Carter (26 pts, 4 res, 2 ass) mudaram destruíram os gregos, com o extremo cabo-verdiano a registar 14 dos seus 28 pontos (4/6 em triplos, 2 neste quarto) e o poste americano a marcar outros 8 pts.
O fosso chegou aos 13 em duas ocasiões (61-48, 63-50), mas nada fazia esperar que no arranque do último período o Benfica construísse um decisivo parcial de 13-3 (81-83). E quando Toney Douglas (14 pts, 6 ass) regressou ao campo e se juntou ao festival outro triplo (a equipa acabou com 11/26) a 2.51m do fim 85-65 estava tudo acabado. Que noite.