Basquetebol: Benfica na Liga dos Campeões pela segunda época consecutiva

Após há um ano se ter tornado no primeiro clube português a disputar a fase de grupos da Liga dos Campeões as águias vão manter-se na principal prova de clubes da FIBA Europa

O Benfica qualificou-se para a fase de grupos da Liga dos Campeões ao vencer o Norrkoping Dolphins por 83-73, em jogo final do torneio de qualificação, disputado esta sexta-feira na Gloria Sports Arena, em Antalya, na Turquia. 

O bicampeão de Portugal foi de menos a mais neste embate com o homólogo da Suécia, que esteve por cima nos dois primeiros períodos, mas cedeu à recuperação do Benfica, que depois de superar com distinção esta fase de apuramento integrará o grupo G da fase regular da Champions com Galatasaray (Turquia), Hapoel Jerusalém (Israel) e PAOK (Grécia). O início da nova fase está agendado para meados de outubro.

O Benfica foi surpreendido pelo arranque fulgurante do Norrkoping, que apostou, com êxito, nos lançamentos triplos, convertendo cinco em seis no primeiro período, eficácia que permitiu aos suecos manterem-se sempre por cima no marcador. Essa precisão nos tiros de longe teve ainda uma segunda proveito para os nórdicos, além do da vantagem pontual, o efeito psicológico nefasto sobre a formação encarnada, traduzido em vários erros em ações, tanto defensivas como atacantes, que exigiam índices superiores de precisão e concentração.

A espantosa (por também surpreendente) competência do campeão da Suécia no lançamento exterior valeu-lhe um total de onze triplos (em 21 lançamentos) até ao intervalo, e foi o que mais contribuiu para o desnível no marcador que lhe era favorável atingir dez pontos (45-35).

O reatamento do jogo não foi panaceia para o estado anímico dos benfiquistas, que sofreram mais um triplo… Todavia, estes revelaram menos suscetibilidade ao poder de fogo certeiro contrário do que no início da contenda e que o descanso fora retemperador – e as instruções do treinador Norberto Alves naturalmente fundamentais -, equilibrando o jogo jogado, mas não o marcador. E a meio do terceiro período, mantinham-se a nove significativos pontos de distância. 

Essa subida de rendimento do Benfica refletiu o maior acerto defensivo, arrancando algumas faltas ofensivas e ‘turnovers’ (sete neste período) ao Norrkoping, e também na pontaria ao cesto, que Betinho Gomes mostrou ao converter um triplo que aproximou a sua equipa a quatro pontos da oponente, a 2.30 minutos do final do quarto. Até ao soar da buzina, os encarnados reduziram a desvantagem, tornando-a tangencial (59-60) com um triplo de Trey Drechsel.

Dentro da eliminatória como ainda não estivera neste jogo, o Benfica galvanizou-se logo no primeiro minuto do derradeiro período tomou a liderança do marcador, pela primeira vez desde cerca de meio do quarto inicial (então 12-11). Reencontrado com o seu melhor basquete e em ascendente igualmente de confiança, os campeões de Portugal alargaram a vantagem até definitivos dez pontos, perante o abaixamento de desempenho e a impotência dos suecos para impedir que o adversário seguisse, em frente, na Champions.