Ciclista checo mostrou-se incrédulo com o triunfo na 5.ª etapa da Vuelta; van Aert lamenta ter começado 'sprint' final «muito cedo»
Não são muitos os que se podem gabar de bater Wout van Aert em sprint, mas Pavel Bittner pode já que esta quarta-feira foi mais rápido do que o poderoso belga para ganhar a 5.ª etapa da Vuelta e no final ainda nem acreditava que era o vencedor do dia.
«É inacreditável. Foi apenas há uns dias que tive a primeira vitória profissional, por isso, ganhar agora a primeira na Vuelta... Bem, ainda nem acredito», começou por dizer. E é verdade. A 5 de agosto o corredor de 21 anos estreou-se no degrau mais alto do pódio na 1.ª etapa da Volta a Burgos e quatro dias depois voltava a conhecer o sabor da vitória.
«Derrotar o Wout van Aert, um dos melhores sprinters de longa distância no mundo, é surreal. Disse aos meus companheiros que podíamos ganhar. Quando surgiu a oportunidade, dei tudo, a todo o gás», assegurou.
Checo impôs-se aos favoritos Wout van Aert e Kaden Groves com final ao 'sprint' com pelotão compacto; João Almeida acabou em 80.º, com o mesmo tempo, e mantém oito segundos de desvantagem para o camisola vermelha Primoz Roglic; dia ficou marcado pela queda e desistência de Rui Costa
Wout van Aert admitiu que Bittner foi o justo vencedor na «batalha mano a mano» e lamenta que tenha começado o sprint «muito cedo».
«Fiz o que tinha em mente, mas estava bastante confuso com algumas sombras», justificou assim o início do sprint. «No calor do momento, é muito fácil cometer alguns erros. Acho que foi essa a diferença, por isso foi um erro bastante caro», confessou.