Primeiro jogo da Juventus após o severo castigo aplicado pela federação italiana - retirada de 15 pontos - devido à fraude na criação de mais-valias de transferências, e a reação dos adeptos da vecchia signora fez-se ouvir no jogo com a Atalanta, este domingo (3-3).
O hino da Serie A e a entrada dos adereços publicitários da competição receberam coro de apupos; também se ouviram insultos para dirigentes da federação e da liga. Mas os protestos que mais devem doer têm que ver com ação concertada de cancelamento das subscrições da Sky e da DAZN, que detêm os direitos de transmissão do campeonato - o boicote, a que muitos têm apelado nas redes sociais, já vai em milhares de adeptos e pode ter um impacto superior a cem milhões de euros para os operadores.
A Juventus também aproveitou o sentimento de injustiça dos adeptos, oferecendo 15 por cento de desconto nos bilhetes para o jogo de ontem. E com isso ajudou a levar 33565 espectadores ao Estádio Allianz, aquém, ainda assim, da média do ano - 37928.
O apoio dos adeptos também ajudou a dar a volta à desvantagem inicial, com Lookman a marcar para a Atalanta logo aos 4’ e Di María e Milik a responderem antes do intervalo. Endiabrado, Lookman começou a segunda parte com uma assistência e novo golo, para nova reviravolta, e aí o melhor que a Juve conseguiu foi o 3-3.
Di María confessou ter ficado um pouco abalado com a perda de 15 pontos, mas prometeu empenho «Cheguei à Juventus no pior momento, mas estou feliz aqui. O importante é ser forte como clube, continuar a trabalhar, estar unido como um grupo», disse ao canal DAZN Itália.