O primeiro-ministro afirmou, esta sexta-feira, que os responsáveis políticos portugueses estarão no Campeonato do Mundo, no Catar, «para apoiar a Seleção Nacional e não a violação dos direitos humanos ou discriminação das mulheres».
Posição defendida por António Costa, numa conferência de imprensa conjunta com o presidente eleito do Brasil, Lula da Silva, em São Bento, depois de questionado sobre a polémica de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o próprio primeiro-ministro e o presidente da Assembleia da República se deslocarem ao Catar para acompanhar a Seleção comandada por Fernando Santos.
«O Campeonato do Mundo é onde é e é o que é. Todos temos posição sobre o Catar, mas aquilo que faz com que a nossa Seleção esteja na competição é por ser uma das que conseguiu ser apurada», assinalou António Costa.
Depois, o líder do Executivo separou política e futebol, mantendo a ideia de Marcelo Rebelo de Sousa, ele próprio e Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República, assistirem a jogos de Portugal no país do Médio Oriente.
«O Campeonato do Mundo é no Catar e quando formos lá não vamos seguramente apoiar o regime, a violação dos direitos humanos e a discriminação das mulheres. Vamos para apoiar a seleção, equipa de todos os portugueses que veste a nossa bandeira», sustentou.
Todavia, o líder do executivo foi ainda mais longe em defesa deste princípio, relacionado com o «apoio incondicional» a Cristiano Ronaldo e companhia. «Apoiamos no Catar, em França, Índia, China ou Rússia. Apoiamos sempre onde a Seleção estiver. E nós estamos sempre com a nossa Seleção, porque ela veste a nossa bandeira», frisou.