Terminou assim a festa dos bicampeões nacionais em Lisboa

Sporting bicampeão: o mais aplaudido é fácil, mas quem esperava uma expulsão e piretes?

Leões celebraram feito que lhes escapava há mais de sete décadas. Recorde aqui os melhores momentos

O Sporting é bicampeão nacional, após ter vencido o V. Guimarães em Alvalade por 2-0 na última jornada da Liga. A festa dos leões começou precisamente em casa e só terminou de madrugada, no Marquês de Pombal.

Cerca de duas horas depois de ter deixado o Estádio de Alvalade, a comitiva com o plantel bicampeão nacional chegou ao destino tão desejado perto das 1h30. 

Com o Marquês de Pombal pintado de verde, os jogadores foram subindo ao palco com bandas sonoras personalizadas para cada um dos jogadores. E se é fácil de adivinhar quem foi o jogador mais ovacionado - é preciso dizer que foi Viktor Gyokeres!? - houve imagens inesperadas na festa. 

Por exemplo, alguém esperava ver um jogador do Sporting expulso? Pois bem, instantes após entrar ao som de Yeah!, de Usher, Conrad Harder levou um cartão e foi mandado mais cedo para o banho por Debast. Talvez a lembrar um certo episódio nos Açores. 

E por falar em episódios paralelos à festa do título, talvez também haja alguma coisa que ajude a explicar a entrada de Esgaio em palco a distribuir piretes em todas as direções. Talvez se encontre a razão algures num relatório de um determinado dérbi disputado há cerca de uma semana.  

Menos polémica foi a entrada de Fresneda, espanhol que pediu silêncio e depois chamou Harder repetir três vezes o «SIIIIIIUUU» de Cristiano Ronaldo. 

Depois de ter sido de muito longe o mais aplaudido da noite, e com a sua celebração repetida a cada criança que se manteve no Marquês até de madrugada, Gyokeres foi também o primeiro dono do troféu que chegou junto dos adeptos pelas mãos do capitão Morten Hjulmand e do treinador Rui Borges. 

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O técnico de 43 anos, que se mudou de Guimarães para Alvalade a meio da época para conduzir o Sporting ao bicampeonato que Amorim havia prometido há um ano, ainda conseguiu dizer que «obrigado é pouco» antes de Pote lhe roubar o microfone para, entre algum vernáculo, saudar o «campeão da tasca». 

O presidente Frederico Varandas surgiu embrulhado numa bandeira da Suécia, mas não falou e ficou por perceber se se tratava de uma homenagem à esposa sueca, ou ao goleador a quem o Sporting deve grande parte do 21.º título nacional.  

Em vez dele, voltou a falar... Pote. O homem que deu início ao triunfo no jogo do título, pegou no microfone para recriar um momento que muito deu que falar na festa do título da época passada. 

Ruben Amorim não esteve fisicamente no Marquês desta vez, mas o camisola 8 evocou-o. 

«Diziam que nunca seríamos campeões com adeptos. Diziam que nunca seríamos bicampeões sem o Amorim. Diziam que nunca seríamos bicampeões sem o [Hugo] Viana. E dizem que não seremos tricampeões sem o Viktor [Gyokeres]. E agora o que é que eu digo? Vamos ver!», terminou, deixando o cair o microfone... tal como Amorim fizera há um ano.  

Será que, como Amorim, o jogador «já tinha bebido duas cervejas»?

A festa, continuou depois até sabe se lá quando. E promete continuar agora do Marquês até ao Jamor, onde na próxima semana o Sporting defronta o Benfica na final da Taça, em busca da dobradinha depois do bicampeonato.  

Segunda-feira há mais celebrações, com o Sporting a ser recebido na Câmara Municipal de Lisboa.