Europeu Sub-19 «Queremos ser donos do jogo»
Portugal treinou esta manhã no Centenary Stadium, palco do desafio com Itália esta quinta-feira a partir das 17h00. Antes da sessão, o selecionador Joaquim Milheiro analisou o adversário que os jovens lusos vão ter pela frente, sem esquecer um «velho» conhecido de alguns deles.
- O que é que espera encontrar no jogo com Itália?
- Vai ser um desafio de elevada dificuldade. Vamos defrontar uma equipa com níveis de organização de elevada qualidade. Tem jogadores muito talentosos em todos os setores. É uma equipa muito intensa e que, a cada duelo, procura dar o seu melhor. Tem uma plasticidade tática que nos vai obrigar a estar muito concentrados. Vamos ter que ser muito inteligentes para conseguir os nosso objetivos, que são vencer Itália praticando um bom futebol.
- Que desvantagens pode trazer jogar num relvado sintético? Como se têm adaptado a essa realidade deste Europeu?
- Desde que estamos em Malta que nos estamos a adaptar a esse cenário. Estes jogadores jogaram várias vezes em relvados sintéticos ao longo da formação. No entanto, é mais um elemento a ultrapassar, porque existem diferenças entre o relvado natural e o sintético. No sintético a bola rola de forma muito mais irregular. Mesmo nas bolas paradas provoca diferenças, nomeadamente ao nível do pé de apoio de quem as cobra. Mas isso são tudo situações que nós vamos ultrapassar para estar à altura do que é exigido.
- Num torneio tão curto, e face ao calor que se tem sentido em Malta, o foco no treino tem sido a recuperação física ou nem tanto?
- Ontem fizemos compensação competitiva com os jogadores menos utilizados, para eles estarem completamente disponíveis, quer do ponto de vista físico, quer do ponto de vista cognitivo. Tudo para poderem jogar amanhã, seja de início, seja para entrar no decorrer do jogo. Aqueles que tiveram mais tempo de jogo, fizeram trabalho de recuperação mas dentro do campo, até porque é importante estarem todos juntos no relvado. O foco foi recuperá-los. Tentámos perceber como eles se sentem e o «feedback» foi bem claro: estão todos completamente disponíveis. Isso tem sido uma das características desta equipa ao longo de todos os estágios: em 95% dos treinos eu tive todos os jogadores disponíveis. Isso é muito importante para a equipa, para o treinador e para as experiências dos jogadores.
- Alguns jogadores desta convocatória partilharam balneário com Cher Ndour no Benfica. Eles sentem que podem tirar alguma vantagem por já o conhecerem?
- São as experiências que eles trazem dos clubes que lhes permitem ter um maior conhecimento, neste caso do Cher Ndour. Mas nós conhecemos muito bem todos os jogadores desta Itália. Cada um foi analisado ao detalhe. Porque nestas competições, os detalhes individuais trazem nuances de dinâmica ao jogo que podem ser relevantes naquilo que é a performance da equipa. Independentemente de estar do outro lado o Cher Ndour, o Luis Hasa (Juventus), que também é um excelente jogador, nós queremos ser os donos do jogo nos diferentes momentos do mesmo.