«Quando cheguei ensinaram-me a bater em tudo o que mexesse»

Inglaterra «Quando cheguei ensinaram-me a bater em tudo o que mexesse»

INTERNACIONAL25.06.202321:25

Foi durante uma conversa no podcast de um antigo capitão do Manchester United, Gary Neville, chamado The Overlap, que Vincent Kompany, treinador belga do  Burnley - clube que (ele) subiu à Premier League com 101 pontos -, fez algumas confissões. Curiosas.


Dono da braçadeira do Manchester City entre 2011 e 2019, o antigo defesa-central, hoje com 37 anos, técnico da moda em Inglaterra depois de levar o clube do condado de Lancashire à elite logo no ano de estreia - em 2019/2020, após 11 anos nos citizens, saiu para ser jogador-treinador do Anderlecht -, recordou episódios no Etihad. E destacou um em particular, quando conheceu Pep Guardiola, em 2016/2017.


«Quando cheguei a Inglaterra, em 2008, ensinaram-me a bater em tudo o que se mexesse. Na altura achei que era uma ideia fantástica», disse, rendido ao profissionalismo de Guardiola, com o qual trabalhou entre 2016 e 2019.


«Aos 30 anos, conheci Pep Guardiola e o meu mundo mudou. De repente, sem perceber muito bem porquê, o círculo estava completo. Perdi cinco quilos e consegui voltar a jogar futebol como antes. Ele ensinou-me a importância de ter a posse da bola e o que fazer com ela», recorda.


Campeão inglês em quatro ocasiões, Kompany é considerado por alguns jogadores do Burnley um viciado em trabalho. O internacional belga em 89 ocasiões (quatro golos) deixou um comentário.


«Sei bem que eles dizem que o Kompany costuma trabalhar até às 22 horas.  Só preciso de dormir quatro horas para recuperar e estar operacional. Encontrei um bom mecanismo para pausar quando realmente preciso. Posso trabalhar no duro cinco dias seguidos sem parar. E ninguém pode culpar-me por tirar uma tarde de folga», brincou, viajando no tempo para recordar a formação no Anderlecht: «Seguíamos a filosofia de Cruyff. No autocarro, a caminho dos jogos, víamos dezenas de vídeos dele. O futebol bonito era a prioridade.»