«Há 1000 árbitros em falta em Portugal»
José Fontelas Gomes, presidente do Conselho de Arbitragem, faz o balanço do setor
O Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) recebeu esta quinta-feira 12 jovens que frequentam o Mestrado em Futebol da Faculdade de Motricidade Humana (FMH) para cativar o gosto pela arbitragem, que precisa de gente.
«Há cerca de 1000 árbitros em falta em Portugal», precisou José Fontelas Gomes, presidente do CA, que falou de «5800 árbitros inscritos em Portugal, 4800 deles em atividade».
Não obstante, o futuro da arbitragem não ficou reservado exclusivamente ao recrutamento, como explicou Fontelas Gomes na sua intervenção e em resposta direta a A BOLA.
A transparência observada, e muito elogiada, no recente Mundial de Râguebi ganhou adeptos e as comunicações áudio em tempo real entre árbitro e VAR passaram a ser um espetáculo dentro do espetáculo. E o futebol pode estar a caminho de receber a mesma fórmula, até porque transparência precisa-se.
Acredito que em termos internacionais e após experiências que a FIFA tem feito nestas últimas competições com comunicações ao vivo, em tempo real, isso será para um futuro próximo
«Concordo e temo-lo trabalhado dentro das nossas possibilidades. Passámos a divulgar áudios de videoarbitragem, passámos a por relatórios dos árbitros no site, a divulgá-los publicamente, promovemos vários ações com clubes e escolas, divulgando áudios do videoárbitro», observa o presidente do CA.
«Aliás, alunos da FMH treinaram connosco, estão na sala VAR a testar equipamento videoárbitro, a decidir lances, temos tido essa abertura e transparência, mas obviamente que o vamos fazendo com alguma cautela. Acredito que em termos internacionais e após experiências que a FIFA tem feito nestas últimas competições com comunicações ao vivo, em tempo real, isso será para um futuro próximo. Assim que a FIFA o autorize, será feito», acrescentou.