«Espero que não tenha consequências na candidatura ibérica»

Espanha «Espero que não tenha consequências na candidatura ibérica»

INTERNACIONAL25.05.202317:35

O presidente de La Liga, Javier Tebas, foi o principal protagonista de uma conferência de imprensa na tarde desta quinta-feira na qual abordou toda a polémica à volta de Vinícius Júnior e do racismo de que tem sido alvo a estrela do Real Madrid, depois da especial gravidade daquilo a que se assistiu em Valência e do comportamento dos adeptos che nas bancadas do Mestalla na jornada do último fim de semana.

Tebas mostrou-se preocupado com a situação, quer efetividade nas soluções para a combater e espera que o facto da liga espanhola, considerada uma das melhores do Mundo, andar a ser falada pelos piores motivos não prejudique a candidatura ibérica ao Mundial-2030.

«Espero que não tenha consequências na candidatura ibérica. Espanha não é um país racista. A federação tem o nosso apoio e queremos que o Mundial se jogue em Espanha», advogou Tebas.

«Não somos racistas, reitero-o. Mas há que fazer mais para solucionar isto», vincou.

«Protegemos desportistas de qualquer raça. La Liga é responsável por tudo o que tenha a ver com o bem-estar deles. Estou preocupado e trabalharemos juntos para solucionar isto. O futebol não é racista. Foi um golpe que receberemos e trabalharemos para recuperar a reputação que possamos ter perdido», garantiu, revelando:

«Depois do que aconteceu em Valência não falei com ele. Não terei nenhum inconveniente em fazê-lo quando ele o considerar oportuno. Espero que continue no futebol espanhol e demonstraremos que esta organização luta contra o racismo. [...]

Entendo que Vinícius esteja frustrado. Estamos muito consciencializados para esta luta e o jogador está a ser objeto destes insultos porque é um grande jogador.»

«Amanhã sairá um comunicado a pedir uma modificação da lei de 2007 e também estamos a estudar a possibilidade de introduzir novas medidas», anunciou.

«Primeiro as preventivas, como a vigilância do estádio. Depois, encerrar uma parte das bancadas. Seguramente que se cometerá alguma injustiça, mas é a solução»


 

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