Futebol Cartões amarelos e vermelhos: o estudo que nos deve fazer pensar (e corar, talvez)
Numa altura em que tanto se fala de centralização dos direitos audiovisuais, de melhoria do produto e de internacionalização do nosso futebol, eis um estudo que nos deve fazer refletir (e talvez corar, para quem ainda conseguir).
Pois bem, o CIES – Observatório do Futebol, entidade credível, analisou 76 campeonatos de todo o mundo no que diz respeito ao número de cartões mostrados, para perceber qual a média por jogo – desde 1 de janeiro de 2020.
Lidera a primeira divisão da Bolívia, com média de 7,01 cartões por jogo (0,55 em termos de vermelhos), e no outro extremo está a segunda divisão do Japão, com média de 1,99 (0,05 no que diz respeito a vermelhos), curiosamente logo seguida da principal divisão nipónica, com média de 2,19 (0,10 nos vermelhos). E note-se que os campeonatos dos Países Baixos, Noruega e Inglaterra também surgem entre os que ‘têm’ menos cartões.
Já no top-10 dos que têm mais, há 10 ligas latino-americanas e as três exceções são a Liga portuguesa, a Liga 2 portuguesa e a Ucrânia. Pois é. Conforme já referido lidera a primeira divisão da Bolívia, seguindo-se, por esta ordem, a primeira divisão do Uruguai (6,48), a primeira divisão da Venezuela (6,43), a primeira divisão do Equador (6,18) e, num honroso 5.º lugar (isso mesmo) a Liga 2 de Portugal (6,04 na média total e 0.32 na média dos vermelhos). A seguir surgem a primeira divisão da Costa Rica e a primeira divisão do Peru (ambas com 6,02), para novamente aparecer Portugal, em 8.º lugar, agora ‘representado’ neste ranking pela Liga principal (5,90 na média total e 0,35 na média dos vermelhos), à frente, imagine-se, da primeira divisão da Colômbia (5,77) e, a fechar o top-10, da primeira divisão da Ucrânia (5,76).
Só mais uma nota: se nos centrarmos apenas nos cartões amarelos, a Liga 2 sobre de 5.º para 4.º (média de 5,72) – passa o Equador -, ao passo que a Liga mantém o 8.º posto.
Já em matéria de vermelhos, as ligas latino-americanas passam a ocupar nove lugares do top-10, com a ‘intrusa’ a ser a Rússia. Portugal sai do top-10, mas a Liga principal fica ali a ‘bater à porta’, em 11.º, e a Liga não muito mais atrás, em 15.º.