O Benfica soma e segue na Liga. Ontem, num Estádio da Luz outra vez lotado (vitórias e futebol muitas vezes exuberante atraem adeptos!), os encarnados somaram o 9.º êxito consecutivo no Campeonato e distanciaram-se, à condição de FC Porto (-11 pontos), SC Braga (-13) e Sporting (-18) no topo da classificação.Ontem, o Benfica até não podia contar com Fredrik Aursnes, norueguês de 27 anos importante no plano estratégico do treinador alemão Roger Schmidt, tanto pelo que joga como pelo que corre, mas a ausência do nórdico notou-se muito pouco (ou nada!), frente a V. Guimarães que na visita das águias ao D. Afonso Henriques, a 1 de outubro do ano passado, para a 8.ª jornada da Liga, parou o voo quase imperial da águia, com um empate sem golos que representou, ao 14.º jogo da temporada, o fim da primeira sequência de vitórias.Também por isso, alertados para o potencial do rival, os encarnados não facilitaram. Mais uma vez, beneficiando das capacidades e qualidades individuais, o Benfica apresentou-se com coletivo poderoso. Sem Aursnes, suspenso (5 amarelos), Roger Schmidt reorganizou a equipa para mantê-la de pé no acelerador nos momentos de jogo mais importantes, sobretudo na reação à perda da bola e no ataque à baliza adversária.O Benfica, que ainda não perdeu no Estádio da Luz esta época, mesmo depois de 20 jogos para todas as competições, incluindo contra PSG e Juventus, nomes de topo no futebol europeu, nem teve de aplicar-se muito para colocar ponto final na resistência de um V. Guimarães que ambiciona, legitimamente, posicionar-se entre os cinco primeiros classificados da Liga.Gonçalo Ramos, aos 13’, marcou pela 16.ª vez na Liga e isolou-se na frente da corrida à vitória na nossa A BOLA de Prata! João Mário, aos 28’, igualou-o no topo da tabela e, aos 35’, bisou pela 5.ª vez em 2022/2023 – V. Guimarães depois de Vizela, Casa Pia, Arouca e Boavista – e ultrapassou-o (17 golos no Campeonato). O 3-0 no fim dos primeiros 45’ ilustrava o momento de exuberância das águias, que tem tanto de individual como de coletivo. Na segunda metade, compreensivelmente, considerando o calendário pesado, menos pressão, menos velocidade, menos golos. Mesmo assim, mais 3: 2 para o Benfica, 1 para o V. Guimarães.O 5-1 aos vimaranenses, depois do 3-0 ao Marítimo e do 5-1 ao Club Brugge, não deixa apenas os encarnados em posição confortável. Empolga adeptos que acreditam cada vez mais no 38.º título nacional e em proeza maior na Liga dos Campeões, atingidos os quartos da competição. Em 2022/2023, em 44 jogos, 36 vitórias, 7 empates, 1 derrota, 112 golos marcados e 29 sofridos. Grita-se «ninguém o pára o Benfica». É verdade, esta equipa é difícil de parar!