Tudo numa resposta a uma só pergunta: assinava por baixo os resultados e as exibições dos jogos com Académico de Viseu e Sporting, para a Taça da Liga, precisamente a mesma sequência de jogos que vai ter, agora, para a Taça de Portugal e campeonato, respetivamente?
«Assinava por baixo os resultados. As exibições? Também. Não acredito que se ganhe por acaso, é preciso mérito e fazer coisas positivas, mas também podemos encontrar coisas negativas até nos jogos em que goleamos. As equipas são muito o que o outro fizer. Volto a citar o Abel (Ferreira)… e ando a citá-lo muito, não ser porquê (risos). Ele diz: a dança funciona quando o par é bom», atirou, centrando depois o discurso no jogo em Viseu:
«De certeza que não vão ver ópera. O relvado não parece em excelente estado, provavelmente não haverá nota artística – espero que não haja, porque no último jogo em casa contra o Benfica B o Clóvis fez um golo de bicicleta espetacular, com nota artística de dez. Mas não acredito que isso possa acontecer, não só pelo jogo competitivo que vai ser, mas também pelo estado do relvado. E acredito que o Académico queira um bom relvado porque é uma equipa que joga bem.»
«Não sendo ‘resultadista’, olhando para a vitória como essencial, muitas vezes quero e gosto de juntar a isso qualidade de jogo. Mas nem sempre é possível.Depende da outra equipa e das adversidades que nos colocam», rematou.
Pepê melhor é Pepê no onze
Questionado sobre se a passagem pelo banco de suplentes motivou Pepê, titular nos últimos quatro jogos onde marcou um golo e fez duas assistências: «Depende do caráter do jogador. O lugar onde mais gosto de ver Pepê é a jogar bem e dentro do onze. Fez toda a formação como ala a partir da esquerda, onde se sente mais confortável, mas é um jogador extremamente inteligente e pode ocupar outras posições no campo porque percebe bem o que lhe é pedido. Faço a gestão a pensar na equipa e só deixo alguém de fora ou no banco quando há um comportamento negativo, o que não é o caso.»