NUM jogo em que só a vitória o mantinha vivo na perseguição a um lugar na Champions, o Sporting esteve durante uma hora muito longe da atitude mais conveniente. Perante um Rio Ave muitíssimo interessante, e com a lição bem estudada, que tanto era ousado e fazia pressão alta, potenciando a desinspiração da maior parte dos jogadores do Sporting, que falharam um número anormal de passes curtos, como se recolhia num 5x4x1 que combatia na perfeição a largura que os leões normalmente dão ao seu jogo através dos alas, a equipa de Alvalade pereceu tolhida pelo frio que se fez sentir em Vila do Conde, foi previsível e raramente chegou com algum perigo à baliza do Rio Ave, com um remate de Morita, que saiu pouco ao lado (23), a não passar da exceção que confirmou a regra.Longe do fulgor evidenciado frente ao SC Braga, o Sporting teve dificuldade em ligar o jogo, cimentando a posse de bola apenas em zonas recuadas. Samaris tentar travar mais um ataque leonino conduzido por TrincãoO SUSTO DE BOATENG Quando, aos 53 minutos, e sem que nenhum dos treinadores tivesse ainda mexido nas equipas, Boateng ficou cara a cara com Adán, e teve nos pés o golo vila-condense - situação salva pelo portero espanhol - Rúben Amorim percebeu com cristalina clareza que ou começava agitar o jogo, ou arriscava-se a sair dos Arcos de mãos a abanar. Dois minutos depois do susto que apanhou, fez troca direta de Nuno Santos por Arthur; e de Edwards, que esteve a milhas do Messizinho que defrontou os arsenalistas, por Trincão, que começou por posicionar-se na meia-esquerda, enquanto que Pedro Pote Gonçalves passava para a meia-direita, mantendo-se Chermiti no centro do ataque. Pote ainda fez a bola beijar o travessão aos 65 minutos, mas Luís Freire começou a refrescar a equipa e a operação leonina manteve-se sem encontrar forma de, sequer, criar oportunidades claras de golo. A um quarto de hora do fim, já a ver a vida a andar para trás, Amorim meteu a carne toda no assador, tirando Esgaio e lançando Jovane Cabral (as voltas que a vida dá...) para atuar nas costas de Chermiti, enquanto que Trincão fazia, a meias com St. Juste, a ala direita. Do ponto de vista das soluções, o técnico leonino esgotou opções, acabando por ser salvo por um bom passe de Gonçalo Inácio para Chermiti, que o açoriano não desaproveitou (84). E três minutos volvidos, Rúben Amorim não teve vergonha de lançar Bellerín e Diomande para fechar o jogo e garantir os três preciosos pontos. Mas que sofreu, sofreu...