A Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) anunciou esta segunda-feira ter procedido à instauração de «processos para apuramento dos factos e eventuais responsabilidades contraordenacionais resultantes» das agressões a árbitros de futebol denunciadas pela Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF).
Em concreto, três casos graves aconteceram no passado fim de semana: a agressão de Hamadu Turé, jogador do Salgueiros, ao árbitro do jogo com o Marítimo B, para o Campeonato de Portugal, Bruno Afonso, delegado do Sesimbra, agrediu o juiz da partida com o União de Santiago do Cacém, referente à 1.ª divisão distrital de Setúbal em juniores e, porventura o caso mais chocante, por se tratar de crianças, no escalão sub-10, onde o pai de um atleta agrediu a soco o árbitro do Sacavenense-Águias da Musgueira.
Segundo a APCVD, os casos com «indícios da prática de ilícitos criminais de natureza pública» serão encaminhados «para o Ministério Público», com «todo o expediente e informação que se afigure útil para a prossecução da justiça, atendendo à competência das autoridades judiciárias para a investigação de matéria criminal.»