Superagente Jorge Mendes: o homem dos três dígitos!

Futebol 04.02.2023 01:21
Por Redação

A transferência de Enzo Fernández do Benfica para o Chelsea voltou a ter intervenção do superagente português Jorge Mendes, que trouxe para a Luz a primeira proposta do Chelsea e a foi trabalhando até a viabilizar tal e qual como o presidente do Benfica exigia – pagamento da cláusula de 120 milhões de euros, número pelo qual o clube da Luz se veria obrigado a permitir a saída do jogador.

Com esta transação até um pouco superior a 120 milhões de euros (o Chelsea dispôs-se, por fim, a pagar ainda mais um milhão), Jorge Mendes soma assim no ‘portfolio’ de negócios seis operação de três dígitos, e torna-se assim o único agente do mundo a consegui-lo – tal como o Benfica é, agora, o único clube do Mundo a transferir dois jogadores acima dos 120 milhões de euros de custo total para os compradores (João Félix por €127 milhões para o Atl. Madrid, e, agora, Enzo por €121 milhões para o Chelsea) e ainda um terceiro que deverá chegar (após cumprir mais do que prováveis objetivos) a €100 milhões, no caso, Darwin, para o Liverpool.


A PRIMEIRA OPERAÇÃO GIGANTESCA

Quando em 2009 se concretizou a sensacional transferência de Cristiano Ronaldo do Manchester United para o Real Madrid (por 92 milhões de euros, na altura recorde do mundo) não se considerou logo o custo total dessa operação para o Real Madrid – no fim, quase 102 milhões de euros. Foi, assim, a primeira operação de três dígitos conduzida por Jorge Mendes.
 

Uns bons anos depois (2017), causou estrondo a transferência do jovem Kylian Mbappé do Mónaco para o Paris Saint-Germain, por 180 milhões de euros, igualmente com a mão de Jorge Mendes.
 

Em 2018, os três dígitos voltaram à órbitra do empresário, quando fez com que Juventus, gigante de Itália, pagasse ao Real Madrid 115 milhões de euros por Cristiano Ronaldo, primeiro jogador do mundo a ser transferido por tão impressionante verba, já muito próximo de completar 34 anos.
 

E logo no verão do ano seguinte (2019), Jorge Mendes envolveu-se, então, de forma decisiva, numa transferência que deixou o mundo do futebol de boca aberta, muito em particular o universo do futebol português: conduziu as negociações que levaram o muito jovem João Félix do Benfica para o Atlético de Madrid pela impensável verba de 120 milhões de euros, logo aumentada para cerca de 127 milhões de custo total por causa da operação financeira que permitiria ao clube português movimentar o dinheiro sem condicionalismos.


MOVER A ECONOMIA DO FUTEBOL

Visto, muitas vezes, como homem menos preocupado com o futebol português, a verdade é que, sobretudo, na última década e meia, Jorge Mendes foi um dos maiores dos responsáveis pelas grandes operações de venda de jogadores de clubes portugueses para o estrangeiro, levando o futebol do nosso País a encaixar muitas centenas de milhões de euros e, por isso, tremendo impacto na economia desportiva nacional.
 

Depois de João Félix, o empresário voltou a um negócio que deverá chegar aos três dígitos ainda no verão passado (2022), promovendo a saída de Darwin Nuñez, de novo, da Luz para o Liverpool, num negócio, inicialmente, de 75 milhões de euros, com 25 milhões em objetivos, que todos os envolvidos no processo garantem poder ser atingidos nas duas primeiras temporadas de Darwin na equipa de Anfield.


MUITO ACIMA DOS ‘VALORES DE MERCADO’

Por fim, neste mercado de inverno de 2023, foram as relações de Jorge Mendes e a sua intermediação que acabou por fazer concluir a operação de transferência de Enzo Fernández para o Chelsea, de novo por impensável verba de 121 milhões de euros, envolvendo mais uma vez o Benfica como clube vendedor e um clube da Premier League como comprador.
 

Cristiano Ronaldo duas vezes, Mbappé, João Félix, Darwin Nuñez e Enzo Fernández, no total, seis transferências de jogadores nos três dígitos de milhões de euros, para já inigualáveis no mundo do futebol, ainda mais num momento em que operações a rondar os 50 ou 60 milhões de euros já são consideradas absolutamente excecionais.
 

Disso são exemplos as passagens do neerlandês Cody Gapko (mais recente) do PSV (um histórico dos Países Baixos) para o Manchester United por 50 milhões (que se tornou a venda mais cara de sempre do clube da Philips), e a do fantástico atacante que é o norueguês Erling Haaland, do Borussia Dortmund para o Manchester City, no último verão, por 60 milhões de euros, ainda preparada, mas já não concretizada, por outro célebre agente, Mino Raiola, que veio, entretanto, em abril do ano passado, a perder a vida, vítima de doença grave.


AGRACIADO EM 2012

Quanto a Jorge Mendes, não foi, certamente, por acaso que, em 2012, o próprio Governo português avaliou a intervenção do superagente no futebol português como muitíssimo relevante, ao ponto de ter decidido agraciá-lo com o Colar de Honra de Mérito Desportivo. No despacho publicado então no Diário da República, os governantes nacionais sustentavam a decisão por se tratar, já então, do «mais bem sucedido empresário desportivo do mundo» e que a sua empresa, a Gestifute,, criada em 1996, «é igualmente a maior empresa de gestão de carreiras de jogadores de futebol do mundo».
 

Segundo o mesmo despacho, então com base num estudo da ‘Futebol Finance’, a Gestifute contava com uma «carteira de clientes avaliada em 536 milhões de euros», acrescentando tratar-se da «única empresa portuguesa na lista das 20 maiores do mundo», na gestão de carreiras de jogadores e treinadores de futebol.


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