O primeiro-ministro, Joseph Muscat, apresentou, esta segunda-feira, a demissão, na sequência da crise política decorrente da investigação à morte da jornalista Daphne Galizia – perdeu a vida a 16 de outubro de 2017, aos 53 anos, na sequência da explosão de um engenho colocado na sua viatura, em Bidnija, pequena localidade no norte do país.
Todavia, o chefe do executivo vai manter-se em funções até que um novo líder do partido Trabalhista seja eleito, em janeiro de 2020.
«Está a ser feita justiça», afirmou o primeiro-ministro maltês, há sete anos no cargo», juntando.
«A justiça é para todos. As investigações não estão completas. Ninguém está acima da justiça. Este caso não pode definir tudo o que nosso país é», disse, expressando «profundo pesar pelo assassinato de Caruana Galizia» e da necessidade «de se inaugurar uma «página nova».
A saída de Muscat encerra um mandato de sete anos como líder do mais pequeno Estado-membro da União Europeia.
«Vou escrever ao presidente do Partido Trabalhista para que o processo para eleger um novo líder seja marcado para 12 de janeiro de 2020. Nesse mesmo dia, irei renunciar o meu cargo como líder do Partido Trabalhista. Nos dias seguintes, vou demitir-me como primeiro ministro», concluiu.