A Hungria não irá participar na próxima edição do festival da Eurovisão, que irá realizar-se em Roterdão, Holanda, no próximo ano, entre 12 e 16 de maio.
Os representantes húngaros não avançaram com qualquer justificação para a recusa em participar no evento, todavia, o jornal britânico The Guardian e o site húngaro index.hu apontam para o facto de a Eurovisão ser, aos olhos do governo e dos media de extrema-direita húngaros, «demasiado gay».
O porta-voz do primeiro-ministro, Zoltán Kovács, afirmou ao jornal britânico The Guardian que esse afastamento da comunidade LGBTQ+ «faz parte da cultura organizativa» do canal.
A estação pública húngara MTVA terá, ainda, desencorajado qualquer tipo de cobertura «envolvendo essa comunidade e a sua luta pelos seus direitos», ainda de acordo com o The Guardian.
Escrevendo diretamente ao jornal britânico, Zoltán Kovács acrescentou:
«Em vez de participar na Eurovisão 2020, vamos apoiar diretamente as valiosas produções criadas pelos talentos da música pop húngara».
A União Europeia de Radiodifusão, que organiza o concurso, explicou, por seu lado, que «não é incomum os membros terem interrupções na participação no concurso de música», destacando que a Hungria já esteve ausente em ocasiões anteriores.
«Esperamos que voltem em breve...», rematou.