«Estudo coordenado por investigador português, publicado na revista Nature, contraria a ideia de que são necessárias duas mutações genéticas numa célula para instalar o caos genético que serve de raiz ao cancro. Afinal, basta uma mutação.
Numa amostra de um tumor encontramos a instabilidade genética no seu esplendor, desde várias mutações até rearranjos na estrutura e no número de cromossomas. No entanto, é impossível perceber como tudo começou.
Um artigo publicado na revista Nature assinado por três investigadores da Universidade de Harvard (nos EUA), dois deles portugueses, ajuda a esclarecer uma parte do mistério.
O trabalho coordenado por Miguel Coelho leva a concluir que, ao contrário do que se pensava, não é necessário ter uma mutação nas duas cópias de um gene para instalar o caos genético.
Alem de demonstrar que uma mutação é suficiente para acelerar a instabilidade e, assim, começar o cancro, este estudo realizado em levedura e em linhas celulares humanas identificou um conjunto de novos genes que têm um papel importante no princípio desta perigosa confusão.»