O novo presidente da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, declarou-se hoje, em Luanda, «presidente de todos os que têm a UNITA no coração» e mostrou-se preocupado com o agravamento da pobreza e da crise em Angola.
Falando perto das 22 horas (menos uma hora em Lisboa), já depois dos discursos do presidente cessante, Isaías Samakuva e dos quatro candidatos derrotados, o novo líder do partido do “Galo Negro” deixou uma mensagem de união para o partido e apontou alguns “combates” para o futuro.
«Sem a revisão da Constituição, a despartidarização do aparelho do Estado, uma justiça isenta e um regulador do sistema financeiro independente do executivo, o país não terá condições de se desenvolver», declarou Adalberto da Costa Júnior no discurso da vitória, fortemente aplaudido e em ambiente de festa.
«Não basta mudar o Presidente [de Angola] sem mudar as más práticas, sem abraçar a transparência», insistiu, afirmando ser este o objetivo de melhorar a vida de todos os angolanos.
Mostrando preocupação com o agravamento da pobreza e da crise, e o desinteresse da comunidade internacional pela situação em Angola, o recém-eleito líder criticou também o não pagamento de pensões a combatentes e viúvas que elegeu como «um dos principais combates».